Velho Lobo
junho 28, 2010
Ultimamente muitas coisas têm me incomodado.
Não por estarem ruins ou boas, mas por serem como são.
E sinto meu espirito jovem já muito cansado de criticar o seu mundo ao redor.
Já se passaram muitas batalhas e ao fim de cada uma delas não pude ver o que se ganhou ou o que realmente se perdeu.
Tudo sempre foi como correr numa esteira.
Nada mudava de lugar, só que ainda existia um propósito na corrida.
Mas agora o caminho muito já se encurtou e no lugar do horizonte infinito jaz uma muralha implacável de pedras.
Em alguns momentos ela é assustadora, noutros tranquilizante, mas na maior parte do tempo, simplesmente é.
Ainda assim, não consigo fechar os olhos da minha mente e aceitar o cansaço do meu espirito.
Já era a hora de saber a resposta para todas as coisas da vida ou pelo menos as respostas para a minha vida.
Quem sabe ao menos alguma resposta.
Pois é justamente essa falta de compreensão avassaladora que me bombeia de um sentimento de calmaria e consciência.
Quase como se fosse possível sentir a compreensão absoluta e entrar em equilíbrio com o universo.
Hahaha.
Talvez seja a idade.
Talvez eu esteja velho demais para o mundo…
Talvez ele esteja velho demais para mim.
Um poema sobre a velhice.
No mínimo irônico ver isso hoje.
No mínimo irônico ler você de novo.
No mesmo dia em que li da boca de um velho com nome de moço sobre você:
“Um par de dois não é muito, mas as vezes pode ser uma mão vencedora!”